O Arcano

O Arcano

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Pedido + Aviso!

Gente eu só queria pedir para vocês votarem na enquete ali do lado, porque depende dela a continuação da história!
Ah e deixem a sua opinião do que estão achando  ou uma sugestão nos comentários!
Eu também queria avisar que o nome da história vai mudar, a partir de hoje o blog vai se chamar "O Arcano", o link vai continuar osuspirofinal.blogspot.com.
Bj. Amo muito vcs!!!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Décimo Primeiro Capítulo!

Antes da história eu só queria dizer que desejo a todos um Feliz Natal (adiantado, mas é porque eu vou viajar e não vou poder postar até o ano que vem), e um Próspero Ano Novo!
Que os sonhos de todos se realizem!!!! Bj.
Amo muito todos vocês, e espero que gostem do mini capítulo S2!
                                                                      *-----------*
Ele era só um garoto normal, tudo bem ele não era assim tão normal, ele era o garoto mais diferente e encantador do mundo, mas se ele era um extraterrestre então eu tinha beijado um ET?
Isso não estava acontecendo, não podia acontecer, e então foi quando eu me lembrei da minha ultima visão:
“As coisas sempre mudam, concordando ou não com elas, talvez para pior ou se tiver sorte o contrário, depende do ponto de vista”
Será que era isso que ia mudar na minha vida, que eu ia acabar descobrindo que o garoto que eu estava apaixonada, o garoto que conseguia me fazer esquecer de todos os problemas era de um outro planeta, que era muito diferente de mim a ponto de morar , sei la, talvez uma galáxia de distancia?
Eu fiquei confusa, não sabia o que fazer, não sabia o que dizer, e então eu acabei me sentando no banco, o mesmo banco que a alguns dias atrás estávamos sentados quando nos beijamos pela primeira vez e chegou aquele policial importuno, e agora aqui estava ele na minha frente me contando isso!
- Eu só estou te contando isso porque bem... Eu gosto muito de você, mas se não quiser mais me ver eu juro que entendo, e eu sei que você tem o direito de me odiar por não ter te contado isso antes, mas eu quero que você entenda que eu não podia, e nem posso agora, mas eu não conseguia mais esconder isso de você.
-Por que resolveu me contar agora, porque só agora não consegue mais esconder, e justo de mim? – depois de dizer isso eu percebi que a minha voz ficou mais fria do que eu pretendia
-Porque só agora eu percebi que te amo!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Décimo Capítulo!

Como todos os dias eu voltei para casa na minha bicicleta vermelha de cestinha cinza, e almocei, dessa vez sozinha já que o meu pai continuava na loja e a minha avó tinha saído para ir ver uma velha amiga de infância, eu não me importava de ficar só eu e o barulho da maquina de lavar, nunca tinha tido muita companhia mesmo, a não ser a minha única melhor amiga, a Sara, que eu não via dez que sai de São Paulo.
Peguei meu prato eu fui até a pia para lavá-lo quando eu me lembrei da ultima frase que eu tinha visto no meu caderno: “As coisas sempre mudam, concordando ou não com elas, talvez para pior ou se tiver sorte o contrário, depende do ponto de vista”, ainda não tinha mudado nada na minha vida, só o fato de um garoto (e foi o garoto) ter me convidado para sair, será que era só sobre isso que a frase se refere? Eu espero que sim.
No dia seguinte eu fui me encontrar com o Matheus como combinamos – ainda bem que era sábado – o dia estava claro, sem nem uma nuvem no céu, tinha poucas pessoas na rua, menos do que já era de costume, e como a locadora era mais próxima da minha casa do que a escola eu resolvi ir a pé mesmo e curtir um pouco o vento que tinha.
A locadora era na rua atrás da igreja, perto do Planetário que tinha virado o meu lugar preferido da cidade. Depois de alguns minutos eu o avistei sentado em um banco em frente a um cartaz de um filme de comédia, que apropósito já era bem antigo.
A sua pele clara tinha um lindo contraste com o seu cabelo castanho que balançava com o vento, os seus olhos verdes estavam com um brilho que fazia você se perder neles e esquecer todos os problemas. Ele era tão perfeito! 
-Oi – ele disse sorrindo, mas quando eu olhei para os olhos deles eu tive a impressão que havia alguma coisa errada, muito errada, mas eu não fazia idéia do que.
-Oi – foi tudo que eu respondi.
-Bom eu vou falar logo de uma vez, eu convidei você para vir aqui porque eu preciso te contar uma coisa – pela expressão dele não devia ser uma coisa muito boa.
-Tudo bem, e eu não quero parecer muito curiosa, mas, o que é?
- Hum, vamos até o planetário que eu te conto la, ok?
-Ok.
Caminhamos ate la em silencio, o único barulho que tinha era dos galhos das árvores se mexendo por causa do vento.
Eu já estava ficando preocupada, tinha um clima de tensão no ar, eu não estava gostando daquela sensação.
-Bom chegamos – eu falei.
-É chegamos...
-É.
-Tudo bem eu vou falar logo, eu sou um extraterrestre.
O QUE? Que piada de mau gosto!
-Ta essa foi boa agora falando sério o que você queria me contar, de verdade?
-Mas é isso, eu juro que é verdade, porque você acha que eu acreditei quando falaram que a Fernanda estava chorando sangue ou porque eu trabalho no planetário quando nem terminei o segundo grau ainda?
-Não sei por que você não é desconfiado e é sortudo?
-Não, é porque eu sou um ET.
-Não, não é você, esta aqui na minha frente, não pode ser.
Não podia ser!!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Aviso!

Gente desculpa pela demora de postar aqui no blog, mais no final de semana ja vai ter um novo capitulo!!
Bj.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Nono Capítulo!

Foi um beijo diferente, intenso, como se nossas almas tivessem se chocado e os meus sentimentos tivessem ganhado vida, todas as minhas perguntas tinham sido respondidas e eu poderia ficar ali com ele por toda a eternidade sem me importar com o mundo, mas como se fosse só para estragar aquele momento começou um barulho muito irritante, era parecido com um sino, tudo bem que as pessoas falam que quando você esta apaixonada você ouve sinos ao seu redor mais isso era ridículo, o barulho começou a ficar cada vez mais perto, cada vez mais irritante, e então o Matheus pareceu ouvir também e paramos de nós beijar e por um momento ficamos cegos, alguém tinha colocado a luz de uma lanterna bem na nossa frente, e quando finalmente aquela luz saiu dos meus olhos eu consegui ver um homem gordinho, vestindo uma calça e jaqueta azul escura, com os cabelos pretos e um enorme bigode e foi só então que eu percebi o enorme distintivo que ele usava no peito, ele era um policial, e então eu entendi o estranho barulho que tínhamos ouvido antes, deveria ser o apito que ele estava segurando na mão direita, ótimo nada podia ter dado tão errado agora!
-Boa Noite – o Matheus falou para o policial.
-Boa Noite, o que estão fazendo aqui?
-Nada – respondemos juntos.                          
-Tudo bem eu vou fingir que acredito, mas acho melhor vocês dois irem para casa agora já esta bem tarde.
-Tudo bem, nós já estamos indo – dessa vez fui eu quem falou.
Levantamos-nos e começamos a andar apressadamente e em poucos segundos começamos a rir da situação, com certeza isso não era o que se esperava do primeiro beijo com a pessoa que você gosta, mais apesar de tudo que aconteceu hoje eu não pensaria duas vezes se pudesse voltar só para reviver esse momento várias vezes.
- Nossa já é muito tarde, eu devia ter te levado para casa mais cedo. – ele disse isso olhando para o relógio que havia na grande torre da igreja, reparei que o relógio já estava um pouco velho, com certeza devia estar ali deis que a igreja foi construída há muitas décadas atrás.
- Não é tão tarde assim, são só sete horas – mais infelizmente mesmo não sendo tão tarde devido ao horário de inverno já estava tudo praticamente escuro, a única luz que tinha vinha dos postes de luz que tinha aproximadamente uns cinqüenta metros de distancia entre um e outro, provavelmente foi por isso que ele começou a andar cada vez mais rápido, quando estávamos a apenas uma rua da minha casa ele me perguntou:
- Você se importa se eu te deixar aqui?
- Não tem problema, eu vou sozinha, já esta bem perto.
- Tudo bem, eu te vejo amanhã na escola, tchau – e falando isso ele beijou a minha testa.
- Tchau, até amanhã.
-Até.
Eu fui andando para casa rápido e quando entrei o meu pai estava sentado na sala olhando o jornal com uma linha de expressão bem definida no meio da testa enquanto a minha vó estava na cozinha preparando o jantar, percebi pelo cheiro que ela estava fazendo o meu prato preferido, lasanha, mas mesmo assim não pude evitar de ficar um pouco preocupada, o meu pai deveria estar me esperando para me dar uma bronca por ter ficado até fora tão tarde, embora para mim sete horas não fosse tarde, para ele com certeza era, ainda mais quando eu estava com um garoto já que essa altura minha avó provavelmente já devia ter contado a ele.
- Demorou um pouco não acha? – o meu pai perguntou.
- É um pouco, eu perdi a noção do tempo – e não era mentira.
Eu falei isso enquanto puxava uma cadeira da mesa e me sentava.
- Bom e onde exatamente você estava?
- No planetário.
- Ah, e você se divertiu? – ele estava me perguntando se eu tinha me divertido? Ele não ia me dar nem uma bronca ou nada do tipo? Ia ser só isso?
- Claro foi muito legal.
- Que bom então querida – agora foi a minha vó que falou enquanto colocava a lasanha na mesa e uma fatia no meu prato.
 - Obrigada vó.
 - De nada.
Ela falou isso e serviu uma fatia no prato do meu pai que estava vindo se sentar e depois uma no seu próprio prato e todos comemos em silencio, exceto pelo barulho do noticiário da TV. Depois eu ajudei a secar a louça e subi para o meu quarto, ninguém volto a tocar no assunto, foi praticamente um milagre.
*--*
Hoje eu acordei e a primeira coisa que eu fiz foi abrir minha janela para checar o tempo, estava um lindo dia de sol com quase nenhuma nuvem no céu. Troquei de roupa, e enquanto escovava os meus dentes olhei para o reflexo no espelho, o que eu vi foi uma garota de pele extremamente clara, olhos castanhos e cabelos negros, agora prendidos eu um rabo-de-cavalo. Desci e tomei o meu café da manhã sozinha, meu pai já tinha ido para a loja e a minha vó ainda não tinha acordado, comi a minha torrada com pressa, pela primeira vez estava com vontade de ir para a escola.
Cheguei lá e infelizmente não encontrei o Matheus, então eu fui para a sala da minha primeira aula, Geografia, e abri o meu caderno e o meu livro enquanto esperava a aula começar, dei um olhada para as pessoas que já haviam chegado mais percebi que não conhecia ninguém e aos poucos a sala foi ficando cheia, de gente que eu não conhecia, até o momento que o único lugar vago era do meu lado e chegou uma garota de cabelos ruivos e crespos, pele clara e de olhos de um azul vivo, também não pude deixar de reparar nas roupas que ela usava, era uma saia verde limão rodada que chegava até o tornozelo, uma blusa azul forte da mesma cor de um tamanco de salto plataforma.
- Oi, tudo bem? Eu sou a Amélia, prazer em te conhecer! Você gosta de geografia? Eu adoro!
- Ahn... Oi eu sou a Julia, prazer em te conhecer também, e eu não gosto tanto de geografia.
-Ah que chato! – ela falou isso fazendo uma cara de decepção como se eu tivesse acabado de falar que a série preferida dela não ia exibir a sua ultima temporada no Brasil – bom eu adoro essa matéria. É a melhor em minha opinião eu amo saber as coisas sobre o nosso mundo...
Ela continuou falando até o professor entrar na sala e começar a escrever no quadro, eu fiquei me perguntando como que em todos os dias que eu estive na escola eu ainda não tinha visto ela, ela não era uma pessoa que passava despercebida.
O professor Igor passou algumas atividades no caderno e assim que a Amélia acabou de copiar ela me convidou para fazer as atividades com ela.
- Vamos fazer as atividades juntas? – ela me perguntou com o sorriso no rosto e então eu percebi que ela usava aparelho e me lembrei de quando usava quando tinha uns nove anos.
- Tudo bem então.
- Legal, eu espero que agente ache as respostas rápido no livro e não fique tema para fazer em casa.
- Também espero.
O tempo passou bem rápido, nos conseguimos acabar os exercícios em aula e mesmo ela tendo uma aparência um pouco estranha eu não posso negar que ela é a pessoa mais divertida que eu conheci aqui depois do Matheus.
O sinal tocou e eu fui para a aula de Matemática com um lindo sorriso no rosto por saber que o Matheus ia estar lá. Entrei na sala e ele estava la sentado, a aula começou com algumas atividades de revisão e enquanto eu abria o meu livro ele sussurrou:
- Você pode me encontrar hoje perto da locadora?
-Ta pode ser – Será que era um segundo encontro?

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Refletindo!

Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta, o amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão, o verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar, ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano, isso é só referenciais, ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca, ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Oitavo Capítulo!

Eram quatro horas e trinta minutos quando eu desci para a cozinha, resolvi vestir uma calça jeans e uma blusa de manga comprida não muito simples, mas também não muito sofisticada. Fui perguntar para a minha avó onde era o Planetário da cidade, eu ainda não tinha visto o meu pai hoje, já que quando eu acordava ele já tinha ido para a loja eu geralmente só o via no jantar, mas eu esperava que ele não ficasse chateado comigo por ir ver o Mateus sem falar com ele, mas também ele nem poderia ver isso como um encontro então não tinha o porque ele não gostar.
Minha vó me falou que o Planetário ficava na terceira travessa da rua principal, bem ao lado do único banco da cidade, como não ficava muito longe e eu ainda tinha tempo resolvi ir andando.
Enquanto eu ia descendo a rua eu percebi que já estava escurecendo e que a lua, embora quase invisível, já ia aparecendo no céu, não era nem cinco da tarde ainda, mas como era inverno escurecia muito cedo.
Eu estava passando na frente do banco quando vi o professor de ciências, Rogério, saindo do banco, ele parecia estar muito aborrecido com alguma coisa, certamente deveria ser pela demissão.
-Oi professor, tudo bem?
-Oi Júlia, tudo mais ou menos né.
- Ah, olha sobre a sua demissão, eu acredito que não foi você, tenho certeza que o que aconteceu foi sem querer.
-Obrigada pela sua confiança, mais isso não foi suficiente para eu manter o meu emprego – ele falou isso com uma expressão que deu muita dó – mais muito obrigado mesmo assim.
-De nada, e você já sabe se vai conseguir outro emprego?
-Não sei, só tem três escolas nessa cidade e todas já têm professores de ciências, acho que vou ter que trabalhar com outra coisa agora, eu espero que a minha indenização dure algum tempo.
-Ah que chato, mas eu vou torcer para que de tudo certo.
-Obrigada, ah agora eu tenho que ir, tchau.
-Tchau.
Depois da minha rápida conversa com ele eu fui direto me encontrar com o Matheus, não queria chegar muito atrasada mais já eram cinco horas.
Minha primeira impressão do Planetário foi que parecia uma bola de futebol americano gigante com janelas e portas fixadas no chão, para uma cidade como essa parecia ser bem equipado. Na frente tinha um pequeno jardim de grama com um banco amarelo e branco em baixo de uma grande figueira e uma trilha de pedras em direção a porta central, com o sol se pondo no horizonte parecia um cenário de contos de fadas onde qualquer hora a chapeuzinho vermelho podia passar com uma linda cesta de doces só que a diferença é que ela não encontraria um lobo mau. 
Mais infelizmente eu comecei a sentir aquela sensação estranha no estomago de novo, como no dia em que eu vim morar com o meu pai, sempre que eu ia a um lugar que eu não conhecia ou ficava nervosa eu tinha essa sensação de alguma coisa errada, não era um sentimento bom de sentir.
Eu abri a porta e entrei, por dentro o ambiente era aquecido pelos dois ar condicionados e tinha um balcão na recepção, eu estava começando a ficar nervosa, não sabia se ia até o balcão e perguntava por ele, ou ficava ali esperando, mas então para a minha sorte derrepente ele apareceu  no corredor e veio caminhando na minha direção, os cabelos castanho contrastava com a pele clara e quando os nosso olhares se encontraram ele sorrio para mim e eu não consegui evitar de fazer o mesmo.
-Oi – ele disse ainda sorrindo para mim.
-Oi. – eu respondi.
Nós conversamos um pouco ali, depois do “como você esta? ’’ começamos a falar de música e bandas preferidas e parecia que o tempo não tinha passado, só percebi que já fazia um tempo que eu estava falando com ele quando olhei pela janela e percebi que já tinha escurecido. Depois disso nós fomos para o jardim dos fundos onde tinha um enorme telescópio.
Ele me perguntou se eu gostava de estrelas e eu me senti como uma completa idiota quando respondi que nunca tinha parado para pensar muito nisso.
- Eu gosto de olhar para o céu de noite, é como se eu percebesse o tamanho do universo e então os meus problemas parecem insignificantes.
Eu sorri, parecia fazer sentido o que ele estava falando, agora com todo esse meu problema da leitura do futuro eu devia fazer isso de vez em quando.
-Esta vendo aquela estrela ali – ele falou isso me mostrando com o telescópio qual era - ela é da constelação do cruzeiro do sul e se chama Mimosa, é uma das mais brilhantes.
- Ela é fantástica – a estrela era uma das maiores também e tinha um brilho admirável de dar inveja a qualquer diamante.
Nós continuamos falando sobre as estrelas, depois os planetas e quando vimos já estávamos falando de filmes e séries de TV favoritas, descobri que ele também era um grande fã de O Diário do Vampiro. O tempo foi passando e fomos andando até a frente do Planetário quando a Melissa, que cuidava da diretoria, fechou as portas, pois já eram seis horas. Decidimos sentar no banco que havia em baixo da enorme figueira e continuamos conversando sobre hobbies e trilhas sonoras e derrepente quando eu percebi já estava escorada nele enquanto falávamos, e então o rosto dele ficou a apenas centímetros do meu e eu senti o meu coração acelerar e as minhas mãos começaram a suar, e ele me beijou. Na boca.

sábado, 9 de outubro de 2010

Sétimo Capitulo!

Eu e o Matheus nos despedimos e fomos cada um para a sua casa.
Eu mal tinha largado a minha mochila no sofá da sala e o meu celular tocou, era a minha, essa não era a primeira vez que ela me ligava dez que eu vim morar com o meu pai, para ser mais exata ela me ligava todos os dias, às vezes até mais de uma vez, mas eu não tinha contado para ela sobre as minhas visões e nem sobre o Matheus, eu não tinha comentado sobre isso com ninguém. As visões porque provavelmente iriam achar que eu era louca ou se acreditassem iriam achar que eu era uma aberração, e talvez eu fosse mesmo porque eu duvido que pessoas absolutamente humanas fiquem vendo o futuro no caderno delas, e sobre o Matheus porque eu não queria que ninguém soubesse que eu gostava dele, era uma coisa minha e que ninguém precisava ficar sabendo, é claro que se ele percebesse e sentisse a mesma coisa seria maravilhoso, mais eu duvido que isso acontecesse.
No outro dia eu acordei atrasada já que o meu despertador fez o favor de não tocar então tive que me arrumar correndo e comer a minha torrada enquanto eu pedalava a caminho da escola e foi só eu pensar que o dia não podia ficar pior para começar a chuviscar e os chuviscos passarem para uma chuva que ia ficando cada vez mais forte.
Estacionei a minha bicicleta no bicicletário  e corri para o banheiro das meninas, primeiro olhei para o espelho e tive  certeza de que o meu cabelo já teve dias melhores e depois olhei para o meu relógio de pulso e percebi que o sinal já tinha batido fazia cinco minutos, dei uma arrumada básica tentando abaixar o volume das minhas madeixas, mas infelizmente não deu muito certo.
Eu estava correndo corredor a fora quando de repente parei e vi o Matheus parado perto da porta da minha aula que eu já deveria estar assistindo.
-Oi,...uhun eu estava te esperando.
-Ah oi, e então porque estava me esperando? – poxa eu tinha que estar com o meu cabelo tão desarrumado assim?
-Bom é que eu queria te convidar para ir hoje de tardizinha no planetário comigo já que você tinha falado que acho interessante.
- Claro, eu ia adorar. – ele tinha acabado de marcar um encontro comigo? Será que era isso ou era só coisa da minha imaginação fértil.
-Ah que bom então a gente se vê no intervalo, tchau.
-Ta, tchau.
Eu entrei na sala mal acreditando que ele tinha me convidado para ir ver ele hoje à tarde, era uma alegria tão grande que não cabia dentro de mim.
Depois de ter recebido um lindo xingão do professor pelo meu atraso na frente de toda a turma eu percebi que o Christopher, um dos amigos da Fernanda, estava sentado sozinho no fundo da sala então resolvi sentar com ele. Nós conversamos um pouco ele pareceu ser menos fofoqueiro que a Fe, o resto do tempo eu tentei prestar atenção na aula mais era difícil sabendo que eu ia ver o Matheus hoje de tarde perto das cinco horas, e o que eu ia vestir? Eu ainda não tinha nem idéia, e se eu chegasse la e não tivéssemos nem um assunto, eu não entendia nada de astrologia ou coisa parecida e agora o que eu ia fazer?
O sinal tocou e eu fui para a aula de Educação Física, como na aula passada tínhamos acabado de estudar vôlei agora íamos começar com futsal e a professora Lucia preferiu antes de dar os fundamentos fazer um jogo para saber em que nível a turma estava e com a minha sorte o meu time foi o primeiro a jogar e isso não seria problema se eu soubesse jogar alguma coisa, durante todos esses anos eu tinha sido uma completa negação em esportes e não era diferente com o futebol.
O time se reuniu para decidir as posições de cada um e eu fiquei pasma em perceber que eu não conhecia ninguém ali a não ser a Laura, a amiga da Fernanda que eu tinha conhecido no primeiro dia de aula no refeitório junto com o Christopher, eu tinha ficado prestando tanta atenção no Matheus que nem percebi que já estava na escola há alguns dias e não tinha conhecido muitas pessoas ainda.
Uma garota de cabelos encaracolados, olhos castanhos e pele escura que se chamava Cintia ( descobri essa ultima informação quando a professora fez a chamada) foi liderando o grupo e dizendo as posições de cada um, eu não simpatizei muito com ela, todo mundo ali tinha capacidade para saber onde iria jogar melhor, eu obviamente não jogaria bem em nenhuma posição só na reserva mais quando eu tentei explicar para ela que eu jogava muito mau ela simplesmente me colocou de fixa e foi a caminho da posição do pivô.
O jogo começou e eu fiquei andando de um lado para o outro na quadra sem saber o que fazer até que a bola veio na minha direção sendo conduzida por uma garota ruiva e muito alta que com certeza jogava muito bem, eu fui tentar tirar a bola dela, mas quando eu chutei acabei chutando o ar e caindo no chão, a garota já tinha desviado e eu acabei fazendo papel de idiota e machucando o meu joelho, no final do jogo o placar ficou quatro a dois para o time adversário.
Todas as pessoas do time ficaram me olhando com cara feia só porque eu era a garota nova que jogava mal, isso provavelmente teria me incomodado em outros dias mais não hoje sabendo que ele tinha me convidado para ver ele de tarde, hoje poderia acontecer qualquer coisa que eu ainda estaria feliz!
Depois tive aula de Ensino Religioso. Quando chegou a hora do intervalo já tinha parado de  chover, eu e o Matheus ficamos conversando na cancha da escola e os dois irmãos deles, o Gabriel e a Mariana, não ficaram com a gente, eu gostei disso já que a irmã dele não tinha gostado de mim mais mesmo assim preferia que ela tivesse ido com a minha cara.
Depois bateu o sinal e eu fui para as minhas outras aulas e quando percebi o sinal da saída tocou, o Matheus me acompanhou até o bicicletário e nos despedimos, eu fui pedalando para casa com um grande sorriso no rosto sabendo que ia ver ele de tarde!

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Sexto Capitulo!

Ele estava la sentado na mesa olhando para mim eu quando vi eu já tinha me perdido naqueles olhos verdes encantadores que eu tanto amava!
 Só enquanto eu caminhava em direção de onde ele estava que eu percebi que ele não estava sentado sozinho, tinha mais uma garota muito bonita de cabelos ruivos e olhos castanhos e um garoto loiro de olhos verdes mais que não tinha nem metade da beleza dos olhos do Matheus.
Ele fez sinal para que eu me sentasse com eles e quando eu cheguei perto ele puxou a cadeira do lado dele para que eu me sentasse. Eu já estava entrando em pânico quem era aquela garota? Será que o outro garoto era o namorado dela? E então como se ele tivesse lido os meus pensamentos respondeu:
- Esses são a Mariana e o Gabriel, eles são os meus irmãos adotivos.
-Prazer eu sou a Julia. - eles eram os irmãos adotivos dele, eu não sabia disso, ele sempre falou deles como se tivessem crescidos juntos e tudo, bom talvez realmente tivessem.
-O prazer é meu - disse o Gabriel.
- Também estou feliz em conhecê-la – disse Mariana com uma voz irônica fazendo um sorriso falso.O que eu tinha feito para ela?
Passamos todo intervalo conversando, o Gabriel foi muito simpático, mais a Mariana continuou me ignorando do jeitinho dela, e eu continuava sem entender eu e o Matheus, ele realmente gostava de mim ou só me via como uma amiga?
Quando o sinal bateu nos dois nos despedimos deles e fomos juntos para a nossa próxima aula de história. Estávamos passando pelo quadro de avisos da escola quando eu vi um recado dizendo que o professor de Ciências havia sido demitido, fiquei perplexa, não podiam ter feito isso com ele, ele não era responsável pelo que tinha acontecido com a Fernanda.
- Eu não acredito você viu isso? – Matheus me perguntou olhando para mim com a mesma cara de espanto que eu deveria estar agora.
- Acabei de ler, ele não podia ser demitido, não foi culpa dele.
- É claro que não todo mundo sabe que a culpa foi... Bem de outra pessoa, eu sei que ele nunca faria isso.
- É claro que não, temos que fazer alguma coisa!
- E vamos fazer alguma coisa, depois da aula vamos falar com a diretora!
- Eu espero que ela nos escute!
- Também espero.
Quando chegamos sentamos um do lado do outro e abrimos os livros, eu tentei prestar atenção na matéria nova que a professora Matilde estava tentando explicar para uma turma muito inquieta mais não consegui porque sempre acabava me distraindo quando olhava pelo canto do olho para ele, era simplesmente inevitável que eu perdesse a concentração. E como se isso já não fosse distração o suficiente ainda tinha o problema do professor de ciências que eu não tinha como provar que ele não era culpado mais que por algum motivo tinha certeza que não era e o Matheus parecia também saber disso.
Finalmente depois de cinqüenta e cinco minutos o sinal bateu e trocou de período dessa vez era portuguesa com a professora Vera, mais infelizmente nesse período ele tinha Artes então ele me acompanhou ate a sala da minha próxima aula e depois foi para a sua.
Embora eu geralmente gostasse das aulas de português essa parecia que os ponteiros do relógio estavam congelados, eles simplesmente demoravam uma eternidade para passar alguns minutos e quando finalmente bateu para a saída parecia que eu já estava ouvindo sobre regras ortográficas uma manha inteira.
Sai da sala e já avistei o Matheus no final do corredor me esperando para irmos até a sala da diretora Agatha. Chegando la batemos na porta e esperamos ela responder.
-Pode entrar.
-Com licença diretora.
-Ah são vocês dois, Matheus e Julia, estou feliz em velos, e então porque a visita? – ela falou isso sorrindo enquanto se levantava para guardar uma pasta no armário ao lado da porta.
-É que nós queríamos conversar sobre o caso da demissão do professor Rogério de ciências – o Matheus falou.
-Ele era professor de vocês entendo, ah Julia não era você que tinha aula junto com a Fernanda quando aconteceu aquilo sabe?
-Sim era eu, eu tinha me levantado para ir falar com o Rogério quando comecei a ouvir uns gritos e era ela.
- Deve ter sido horrível para você ver aquilo.
- Bom não foi muito agradável mais eu queria dizer que o professor não teve culpa do que aconteceu.
- Nós precisamos encarar a realidade, ele com certeza não fez intencionalmente mais acabou etiquetando errado os elementos, eu também lamento muito ele é um ótimo professor mais são as regras.
- Mais não a nada que se possa ser feito já que ele não fez por querer! – disse o Matheus, e eu concordava, se a diretora sabia que não tinha sido intencional então porque demitiu ele ué.
-Desculpe mais não a nada que eu possa fazer para ajudá-lo e também esta na minha hora do almoço então se vocês me derem licença. - e falando isso ela saiu pela porta levando embora a nossa esperança.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Quinto Capitulo!

No outro dia fui para a escola como se não tivesse visto aquela frase no meu caderno e ela não pudesse ser uma previsão, visão, ou leitura do futuro.
Quando cheguei eu estava tentando não pensar na Fernanda e na confusão que a minha vida estava ficando quando por ironia do destino ou não eu vi o garoto mais confuso que eu conhecia, e o único que conseguia me fazer sentir bem naquele lugar com tudo que estava acontecendo, o Matheus.
- Oi.
-Oi- eu disse corando, aff.
-Ah e então como ta a Fernanda?
- Eu acho que ela deve ta melhor agora, não sei direito, ainda não falei com ela – essa foi boa, tipo ela era a única pessoa que tinha falado comigo no primeiro dia de aula e eu nem liguei para saber como ela tava, agora eu mandei mal.
- Ah, bom é que eu fiquei um pouco preocupado com toda aquela história do sangue sabe.
- É eu também fiquei eu até liguei para ela ontem mais deu na caixa de mensagem – agora eu comecei a mentir para o Matheus por culpa da Fernanda, bom por culpa da minha falta de interesse e humanidade mais enfim.
-Ah que chato eu também pensei em ligar, mais nem tinha o numero dela e acabei me atrasando no trabalho e não deu tempo pra passar no hospital.
- Você trabalha? – nossa no maximo ele tinha 17 anos, isso no maximo mesmo e já trabalhava e tudo!
- Sim, eu sou guia no Planetário.
-Ah que legal, deve ser bom trabalhar lá - eu nem sabia que Morrinhos tinha um Planetário!
-É bem legal mesmo, qualquer dia desse eu te levo la então!
-Tah pode ser então.
E bem nessa hora o sinal tocou para irmos para sala, mas infelizmente a minha primeira aula não era com ele, então nos despedimos e fomos cada um para as suas salas.
 Os dois primeiros períodos foram de português com a professora Vera, ela até que era legal mais se escondia muito debaixo daqueles óculos e roupas que pareciam ser tiradas dos anos 60. O terceiro período foi de Geografia, e essa aula também não era junto com ele, então fiquei feliz quando o sinal tocou para o intervalo mais antes de ir casualmente encontrar com o Matheus eu precisava fazer uma coisa muito importante antes. Então corri para o banheiro feminino, entrei em uma cabine e peguei o meu celular e liguei para a Fernanda, eu só tinha o numero de telefone dela porque no primeiro dia de aula ela mesma pegou o celular e adicionou na agenda.
-Alo.
-Alo, aqui é a Julia eu queria falar com a Fernanda, por favor?
-Ah sim eu já vou passar para ela.
-Obrigada.
-Oi Ju, tudo bem?- pela voz dela deu a impressão de que ela tinha acabado de acordar.
-Tudo, eu só liguei para saber se você ta melhor.
-Eu to sim, meus olhos não então mais escorrendo sngue eu só to com um pouquinho de dor de cabeça.
-Que bom.
Nos conversamos mais um pouco e então eu fui para o refeitório, e quando eu cheguei na porta a primeira coisa que eu vi foi ele sorrindo para mim!





terça-feira, 21 de setembro de 2010

Quarto Capitulo!

Enquanto a Fernanda explicava para a enfermeira que quando ela foi misturar os elementos, ela não entendia como mais eles simplesmente explodiram e um pouco foi no olho dela fazendo arder daquele jeito, a enfermeira tentava limpar o olho dela mais era praticamente impossível já que não parava de escorrer sangue, parecia uma daquelas cenas de filme de terror que você tem vontade de por a mão na frente para não ter pesadelos de noite.
Eu continuei segurando a mão dela e cada vez que começava a escorrer mais sangue ela a apertava, eu estava ficando apavorada, será que ela ia ficar cega?
Alguns minutos depois o professor entrou na sala informando que os pais dela já estavam a caminho para levá-la ao hospital, se é que o posto dessa cidade pode ser chamado de hospital, mais enfim, ele parecia tão apavorado quanto eu.
-Fernanda eu não quero te criticar, mais você tem certeza que usou só os elementos que eu escrevi no quadro, porque se sim isso não podia acontecer, é contra a ciência.
- Eu tenho certeza que usei apenas os elementos que você escreveu, eu juro alguém deve ter etiquetado errado aquilo.
- Isso é impossível, eu mesmo etiquetei corretamente todos os elementos.
- Então como você me explica o que aconteceu?- ela perguntou com raiva.
-Ei não briguem vocês dois. Fernanda ele é o seu professor e se ele diz que não etiquetou errado é porque ele realmente não etiquetou errado poxa! - eu falei isso um pouco irritada, ela estava chorando sangue, eu talvez tivesse lido o futuro e eles ficavam brigando!? Era muita falta de consideração!
Alguns minutos depois os pais da Fe chegaram e levaram ela imediatamente para o hospital, e por um milagre nem berraram com o professor.
Eu estava indo para casa quando esbarrei no Matheus e acidentalmente deixei os meus livros caírem no chão (ui, parecia aquelas cenas de filmes americanos baratos).
- Ah oi, desculpa eu não tinha visto você- ele falou isso num tom realmente de desculpa enquanto me ajudava e pegar os meus livros que caíram no chão.
-Tudo bem não foi nada- ele me deu os livros- obrigada.
-De nada. Ah eu ouvi um boato de que a Fernanda tinha começado a chorar sangue na aula de Química, isso é verdade?- ele perguntou isso de um modo que eu pude perceber que ele estava muito preocupado, mais porque ele estaria tão preocupado com ela, achei que ele não ia muito com a cara dela e também qualquer um que escutasse que alguém tinha começado a chorar sangue ia achar ridículo e começaria a rir.
- Bom é verdade sim, ninguém sabe ainda o que exatamente aconteceu, mas tudo indica que os elementos foram etiquetados errados e tiveram uma reação, acabaram explodindo e alguma coisa foi no olho dela fazendo eles sangrarem assim.- enquanto eu falava ele ficou prestando atenção em cada detalhe.
- Nossa que azar o dela. Uhun... Eu preciso ir, tchau.
-Tchau.
Ele foi caminhando, quase correndo para fora da escola, parecia que ele estava com muita pressa e eu fiquei ali parada fazendo cara de paisagem como uma completa retardada até o sinal bater e eu ir para a aula de Artes.
Cheguei à sala um pouco atrasada já que eu ainda não conhecia a escola muito bem, me sentei em uma classe em que não tinha ninguém do lado, mal tinha largado a minha mochila e a professora entregou para cada aluno um texto sobre a história de vida do pintor alemão Max Ernst. Estava pegando o meu caderno para fazer um resumo conforme ela avia solicitado quando as letras da folha estranhamente começaram a se mexer, e quando eu digo se mexer eu quero dizer que ela realmente começaram a dar votas na folha de um lado para o outro até um parágrafo formar a seguinte frase:
“As coisas sempre mudam, concordando ou não com elas, talvez para pior ou se tiver sorte o contrario, depende do ponto de vista.”
Dessa vez eu não agüentei e tive que chamar a professora mais quando ela chegou para ler a frase a mesma simplesmente havia sumido, as palavras voltaram a formar o texto de Max Ernst como se nunca tivessem saído do lugar e eu ainda levei uma bronca por ficar fazendo piadas sem graça para a professora!Aff!

Blogs Maravilhosos!!

Gente eu queria pedir para vocês visitarem os dois blogs abaixo são muuito bons!!
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Aviso

Gente desculpa pelo atraso dos próximos capitulos, é que essa é a minha semana de provas na escola mais eu vou postar a continuação da história nos próximos dias.
Muito obrigada pelos comentarios!!!S2

sábado, 4 de setembro de 2010

Terceiro Capitulo!

No dia seguinte eu fui para aula não tendo muita certeza se eu queria ver o Matheus ou não, metade de mim queria ver ele já que ele era o garoto mais lindo que eu já tinha visto, mais a outra metade achava que mesmo ele sendo lindo ele não podia ser tão mal educado e eu definitivamente deveria esquecê-lo.

Quando cheguei na sala quase toda a turma já tinha chegado, eu poderia escolher o meu lugar dessa vez mais por teimosia resolvi sentar no lado dele, e fiquei impressionada quando ele falou comigo (só espero que não tenha dado para notar).

-Oi – ele falou isso olhando para mim e sorrindo, o sorriso mais espetacular do mundo.

-Oi.

Eu falei isso e a professora entrou na sala dando bom dia, alguns minutos depois ele olhou para mim de novo e perguntou.

- Você fez as treze questões do trabalho?

- Fiz, você fez a sua parte?

-Fiz – ele me entregou a parte do trabalho dele e nos juntamos às duas folhas e entregamos para a professora.

Depois na troca de períodos ele se ofereceu para me mostrar onde ficava o laboratório de ciências, já que eu ainda não sabia, durante o caminho ele tentou puxar papo.

- E então esta gostando de morar em cidade pequena?

- Não, eu não gosto.

- Então porque esta morando aqui? – ele me perguntou num tom confuso e não de curiosidade.

- Bom, basicamente porque minha mãe acha que eu tenho que passar mais tempo com o meu pai.

- Ah entendi, e você gosta do seu pai? – agora sim eu estava sem resposta, eu não odiava o meu pai, mas com certeza eu preferia estar com a minha mãe do que aqui nesse lugar.

- É gosto, o meu pai é legal. – e então resolvi começar a perguntar também antes que El me perguntasse mais sobre a minha família. – E você gosta de cidade pequena.

- Não, eu também não gosto, igual a você eu só moro aqui pele minha família, meus pais e meus dois irmão queriam vir para ca e como eu era minoria fiquei sem escolha.

- Ah – já tínhamos chegado a porta do laboratório e eu não sabia o que dizer.

- Eu te vejo depois na aula de Português.

- Tah até mais.

- Até – ele disse sorrindo de novo e eu repito, era o sorriso mais espetacular do mundo.

Entrei no laboratório, não tinha ninguém que eu conhecesse então decidi sentar no fundo, quando abri o meu caderno aconteceu a coisa mais entranha que podia acontecer com uma garota de pais separados, cabelo ruim e péssima em matemática e educação física, em vez de eu enxergar as paginas totalmente em branco eu enxerguei a seguinte frase se mexendo nas linhas azuis claras.

“Você enxerga àquilo que você merece enxergar, cuidado a língua pode cortar o olho’’

Eu esfreguei os meu olhos com a mão várias vezes mais a frase não saia dali e continuava se mexendo, e então a Fernanda sentou do meu lado derrepente as palavras desapareceram.

- Porque você não me deu oi, ah não se importa de eu sentar aqui, né?

- Ah oi, eu não tinha visto você chegar e sim pode sentar aqui. – ela realmente era chata poxa.

A aula começou e o professor pediu que cada aluno tentasse misturar alguns elementos que ele escreveu no quadro para ver as reações então como na nossa mesa só tinha dois elementos que estavam no quadro eu dei aqueles para a Fernanda e fui até a mesa do professor para pedir mais dois quando eu ouvi um grito.

- Ai meu Deus, o que aconteceu? – o professor começou a gritar com uma expressão horrorizada e eu virei para trás e percebi que era a Fernanda quem tinha berrado, ela estava com as mão nos olhos chorando lagrimas de sangue, e quando eu digo chorando lagrimas de sangue é no sentido literal mesmo.

- Os meus olhos eles estão ardendo, eu não enxergo nada, ta queimando aii!

- Julia me ajuda a levar ela para a enfermaria, os outros leiam o capitulo 10 do livro e façam um resuma para me entregar aula que vem. – ele falou isso e a ajudou a sair do laboratório enquanto eu segurava a porta, depois eu o ajudei a guiá-la pelo caminho até a enfermaria que eu nem sabia onde ficava e os olhos dela não paravam de correr sangue, era horrível ver aquilo e não poder fazer nada e tudo bem eu admito que não gosto mundo dela mais não ao ponto de ficar feliz em a ver chorando sangue!

Quando chegamos à enfermaria o professor pediu para eu ficar ali com ela enquanto ele ia à secretaria pedir que ligassem para os pais dela virem buscá-la.

Eu me sentei do lado dela e segurei a sua mão enquanto a enfermeira perguntava o que tinha acontecido e então foi quando eu percebi que o que tinha na frase que eu tinha lido no meu caderno é que você só enxerga aquilo que você merece enxergar, e que agora a Fernanda não conseguia ver mais nada e que a língua podia cortar o olho e bom, não dava pra negar que a Fernanda tinha uma língua muito afiada, mais agora ela não ia poder falar mal de ninguém já que não podia ver o que estava acontecendo com os outros.

Será que o que eu tinha visto escrito era o futuro?