No dia seguinte eu fui para aula não tendo muita certeza se eu queria ver o Matheus ou não, metade de mim queria ver ele já que ele era o garoto mais lindo que eu já tinha visto, mais a outra metade achava que mesmo ele sendo lindo ele não podia ser tão mal educado e eu definitivamente deveria esquecê-lo.
Quando cheguei na sala quase toda a turma já tinha chegado, eu poderia escolher o meu lugar dessa vez mais por teimosia resolvi sentar no lado dele, e fiquei impressionada quando ele falou comigo (só espero que não tenha dado para notar).
-Oi – ele falou isso olhando para mim e sorrindo, o sorriso mais espetacular do mundo.
-Oi.
Eu falei isso e a professora entrou na sala dando bom dia, alguns minutos depois ele olhou para mim de novo e perguntou.
- Você fez as treze questões do trabalho?
- Fiz, você fez a sua parte?
-Fiz – ele me entregou a parte do trabalho dele e nos juntamos às duas folhas e entregamos para a professora.
Depois na troca de períodos ele se ofereceu para me mostrar onde ficava o laboratório de ciências, já que eu ainda não sabia, durante o caminho ele tentou puxar papo.
- E então esta gostando de morar em cidade pequena?
- Não, eu não gosto.
- Então porque esta morando aqui? – ele me perguntou num tom confuso e não de curiosidade.
- Bom, basicamente porque minha mãe acha que eu tenho que passar mais tempo com o meu pai.
- Ah entendi, e você gosta do seu pai? – agora sim eu estava sem resposta, eu não odiava o meu pai, mas com certeza eu preferia estar com a minha mãe do que aqui nesse lugar.
- É gosto, o meu pai é legal. – e então resolvi começar a perguntar também antes que El me perguntasse mais sobre a minha família. – E você gosta de cidade pequena.
- Não, eu também não gosto, igual a você eu só moro aqui pele minha família, meus pais e meus dois irmão queriam vir para ca e como eu era minoria fiquei sem escolha.
- Ah – já tínhamos chegado a porta do laboratório e eu não sabia o que dizer.
- Eu te vejo depois na aula de Português.
- Tah até mais.
- Até – ele disse sorrindo de novo e eu repito, era o sorriso mais espetacular do mundo.
Entrei no laboratório, não tinha ninguém que eu conhecesse então decidi sentar no fundo, quando abri o meu caderno aconteceu a coisa mais entranha que podia acontecer com uma garota de pais separados, cabelo ruim e péssima em matemática e educação física, em vez de eu enxergar as paginas totalmente em branco eu enxerguei a seguinte frase se mexendo nas linhas azuis claras.
“Você enxerga àquilo que você merece enxergar, cuidado a língua pode cortar o olho’’
Eu esfreguei os meu olhos com a mão várias vezes mais a frase não saia dali e continuava se mexendo, e então a Fernanda sentou do meu lado derrepente as palavras desapareceram.
- Porque você não me deu oi, ah não se importa de eu sentar aqui, né?
- Ah oi, eu não tinha visto você chegar e sim pode sentar aqui. – ela realmente era chata poxa.
A aula começou e o professor pediu que cada aluno tentasse misturar alguns elementos que ele escreveu no quadro para ver as reações então como na nossa mesa só tinha dois elementos que estavam no quadro eu dei aqueles para a Fernanda e fui até a mesa do professor para pedir mais dois quando eu ouvi um grito.
- Ai meu Deus, o que aconteceu? – o professor começou a gritar com uma expressão horrorizada e eu virei para trás e percebi que era a Fernanda quem tinha berrado, ela estava com as mão nos olhos chorando lagrimas de sangue, e quando eu digo chorando lagrimas de sangue é no sentido literal mesmo.
- Os meus olhos eles estão ardendo, eu não enxergo nada, ta queimando aii!
- Julia me ajuda a levar ela para a enfermaria, os outros leiam o capitulo 10 do livro e façam um resuma para me entregar aula que vem. – ele falou isso e a ajudou a sair do laboratório enquanto eu segurava a porta, depois eu o ajudei a guiá-la pelo caminho até a enfermaria que eu nem sabia onde ficava e os olhos dela não paravam de correr sangue, era horrível ver aquilo e não poder fazer nada e tudo bem eu admito que não gosto mundo dela mais não ao ponto de ficar feliz em a ver chorando sangue!
Quando chegamos à enfermaria o professor pediu para eu ficar ali com ela enquanto ele ia à secretaria pedir que ligassem para os pais dela virem buscá-la.
Eu me sentei do lado dela e segurei a sua mão enquanto a enfermeira perguntava o que tinha acontecido e então foi quando eu percebi que o que tinha na frase que eu tinha lido no meu caderno é que você só enxerga aquilo que você merece enxergar, e que agora a Fernanda não conseguia ver mais nada e que a língua podia cortar o olho e bom, não dava pra negar que a Fernanda tinha uma língua muito afiada, mais agora ela não ia poder falar mal de ninguém já que não podia ver o que estava acontecendo com os outros.
Será que o que eu tinha visto escrito era o futuro?
oi
ResponderExcluiro teu blog ta muito legal
eu queria pedir para vc se quiser divulgar meu Blog que é www.jemi4heverml.blogspot.com eu ficaria muito agradecida
bjs
MICA
:^)
Muito Perfeito!!!
ResponderExcluirParo????
BeiJonas