Chegando a minha primeira impressão foi de uma escola calma com poucos alunos, no maximo uns 100 , não tinha muito movimento e todos usavam roupas discretas e pareciam ser estudiosos, eu nunca tinha sido a garota mais inteligente da minha turma, mas com certeza estava longe de ser uma das mais burras, esperava que o conteúdo daqui fosse o mesmo da minha antiga escola.
Fui à secretaria ver em que turma eu estava e fui informada de que estava na 301, que ficava na segunda sala á esquerda. Quando cheguei à porta senti a mesma sensação que senti quando desci do avião, um frio na barriga deveria ser por estar numa turma onde ninguém me conhecia e eu não conhecia ninguém.
Bati na porta e a professora veio atender, era uma ruiva de cabelos cacheados na altura do ombro, tinha lindos olhos azuis que infelizmente ficavam um pouco escondidos pelas lentes dos óculos.
-Ah você deve ser Julia, a aluna nova, seja bem vinda.
-Obrigada...
-Vera, professora de Português.
-Ah, obrigado Vera.
-Você pode escolher um lugar para sentar.
Eu olhei em volta, a sala tinha paredes brancas não muito convidativas com cartazes de alunos pendurados por toda parte, e o piso era de madeira escura. Procurei um lugar vazio e encontrei um no final da sala da fileira do lado da parede da porta, me sentei em silencio tentando não chamar muito a atenção, uma garota de cabelo preto e olho castanho que sentava na minha frente virou para trás e me deu “oi’’.
-Oi, meu nome é Fernanda.
-Oi, o meu é Julia - falei isso e sorriu tentando ser simpática, ela sorriu também e se virou para frente.
O período passou rápido e sem muitas novidades, quando o sinal bateu para a troca a Fernanda se virou e perguntou se eu queria ajuda para descobrir onde era a minha próxima sala, eu disse que sim e ela me levou até a porta da sala de História.
Quando entrei a primeira coisa que fiz foi procurar um lugar vago, o único que encontrei foi um do lado de um garoto que obviamente eu não conhecia, ele tinha cabelo castanho claro e fascinantes olhos verdes, não era super musculoso mais também não era um palito, era... elegante, puxei minha cadeira e me sentei ao lado dele, eu estava esperando que ele me desse oi como a Fernanda tinha feito mais não foi isso que aconteceu, ele ficou a aula inteira me ignorando totalmente, qual era o problema dele?
O sinal tocou e eu fui para a minha outra aula, agora era Ciências, dessa vez cheguei um pouco atrasada porque tive que achar a sala sozinha. Assisti a o professor Rogério explicar toda a matéria que eu já sabia e quando o sinal tocou fui para o intervalo.
Logo Que cheguei ao refeitório a Fernanda veio me convidar para sentar com ela e com os seus outros dois amigos Laura e Christopher, só me sentei e eles começaram a falar sobre a roupa ridícula da fulana e que ciclano tava namorando o tal beltrano e etc. Percebi rapidamente que eles adoravam essas fofocas de cidade pequena e achei péssimo que eles tenham sido as primeiras pessoas na escola que falaram comigo.
Acabei de comer o meu lanche e me despedi dos meus novos “amigos’’, quando estava colocando meu prato no lixo vi que o garoto da aula de História que não me deu oi estava me encarando, mas quando viu que eu percebi tentou disfarçar virando a cara para o lado.
Depois fui para aula de Matemática e la estava o tal garoto então resolvi tomar coragem e me apresentar.
-Oi, meu nome é Julia. – eu falei enquanto sentava na cadeira do lado dele já que também era o único lugar vago.
-Oi – Uau podia ter dito o nome né
-E ai qual é o seu nome?
-Matheus.
-Ah,... Unh legal.
Ele olhou pra mim com uma expressão confusa.
-É , é legal.
Ta tudo bem o meu comentário do “é legal’’ não foi um dos melhores, mas eu era aluna nova, ele podia me dar algum crédito por isso, mas enfim a aula passou sem mais coisa emocionantes ou idiotas até que o professor deu um trabalho com vinte e cinco questões de equações literais para a próxima aula que era amanhã, até ai tudo bem o problema é que o trabalho era em dupla e tinha que ser feito com a pessoa que você estava sentado, ou seja, eu teria que fazer o trabalho com o Matheus, o garoto que não queria nem que eu soubesse o nome dele.
-Tudo bem eu faço treze questões e você faz doze, no dia agente grampeia as folhas pode ser?
-Ta, pode ser – na verdade não podia ser, poxa o trabalho era em dupla, ele bem que podia fazer comigo, mais tudo bem fazer o que né.
Quando cheguei em casa estava revoltada, eu queria saber o porque dele me ignora, o porque dele não querer fazer o trabalho comigo, ele não queria nem dizer o nome! Então eu só fiz as minhas doze questões e fiquei escutando musica pelo resto da tarde, quando era uma sete horas eu desci para jantar e o clima entre eu o meu pai e a minha vó ainda era estranho, todos ficaram se encarando na mesa sem falar muito, a maior parte do tempo cada um ficou olhando pro seu prato, depois ajudei a lavar e secar a louça e subi para o meu quarto.
A História vai ficar mais emocionante e com muitoooo romance nos próximos capitulos!
ResponderExcluir